Sem nós

Sem nós
O que me prende a ti não são laços. Talvez, nós.

domingo, 11 de setembro de 2011

Quando os olhos brilham

Saudade...
dos coretos, dos bancos de praça, dos doces de leite e de amendoim,
vendidos em tabuleiros levados na cabeça e cobertos por panos de prato.
Da magia dos hippies com seus colares de conchas
espalhados em cima de panos coloridos.
Da bisnaga enrolada em papel e levada em cestos de casa em casa.
O velho navio ancorado em Angra...
O apito do trem nas trilhas de Mangaratiba...
O carnaval de Muriqui...
A manteiga derretendo ao calor,
As lagartixas na parede... a esteira...
A casa fechada cheirando a mofo
e lavada sempre a muitas mãos
nas férias de janeiro.
Saudade nunca machuca.
É um lembrar gostoso
que queima devagar o peito
e deixa um sorriso bobo no rosto.